As micro e pequenas empresas (MPE) seguem como protagonistas na geração de emprego. Durante o mês de agosto, no Paraná, foram realizadas 15,1 mil novas contratações, sendo 13,9 mil registradas nas MPE, número que representa 92,5% do total. Os dados estão presentes no levantamento feito pelo Sebrae com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.
O estudo ainda apresenta informações de janeiro a agosto. O Paraná segue com saldo positivo com a criação de 123,1 mil vagas, sendo a maioria também das MPE (88,8 mil). Os números são os maiores entre os três estados da região Sul.
O setor de Serviços (45,3 mil) foi o líder nos primeiros oito meses de 2022. Na sequência, entre os principais, estão os segmentos de Indústria e Transformação (17 mil), Comércio (12,8 mil) e Construção (11,2 mil).
O gerente da Unidade de Ambiente e Negócios Empresariais do Sebrae/PR, Luiz Antonio Rolim de Moura, afirma que os dados positivos devem se manter com retomada da economia, sustentada em grande parte pelos pequenos negócios.
“Com grande capacidade de se reinventar e tomar decisões ágeis, vemos que os pequenos negócios são grandes responsáveis pela economia em nosso estado. É importante destacar que a área de serviços está concentrando grande parte dos postos de trabalho neste ano”, aponta.
Brasil
No último mês de agosto, o País teve o terceiro maior volume de empregos formais gerados em 2022. O saldo de 278,6 mil novas contratações só ficou atrás do montante alcançado em fevereiro (341,6 mil) e praticamente empatou com o contingente que foi empregado em junho (280,8 mil). Esse resultado foi fortemente influenciado pelos empregos gerados pelas micro e pequenas empresas, que tiveram o segundo melhor desempenho do ano, com 199,6 mil vagas. O quantitativo ficou atrás apenas dos 227,6 mil postos gerados em fevereiro. Novamente, as MPE responderam por mais de 70% do total de empregos criados no país.
No acumulado do ano, o Brasil supera a marca de 1,8 milhão de empregos gerados, sendo as micro e pequenas empresas responsáveis por 1,3 milhão (71,7%). Por sua vez, as médias e grandes criaram 400 mil (21,5%) postos de trabalho.
Para o presidente do Sebrae, Carlos Meles, esses números estão em conformidade com a queda da taxa de desocupação calculada pelo IBGE.
“Em janeiro, a taxa de desemprego no Brasil era de 11,2%. Em agosto, ela caiu para 8,9%, o que representa uma considerável redução de 2,3 pontos percentuais”, comenta.
Após três meses com todos os setores, em ambos os portes (MPE e MGE), apresentando saldos de contratações positivos, em agosto, os setores da Construção (-466), Comércio (-146) e Indústria Extrativa Mineral (-10) das médias e grandes empresas demitiram mais do que contrataram.
O setor de Serviços das micro e pequenas empresas continua sendo o grande gerador de empregos, com 96,2 mil contratações (35% do total). Ainda entre as MPE, à semelhança do que ocorreu nos últimos quatro meses, os setores de Comércio e Construção Civil ocupam a segunda e terceira posição, respectivamente, na criação de postos de trabalho.
ASN-PR
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